O Pacto Português para os Plásticos assume-se como uma iniciativa colaborativa que pretende liderar pelo exemplo e servir de inspiração no movimento de transição dos plásticos para uma economia circular.

A AVE integra o grupo de membros fundadores do Pacto Português para os Plásticos, lançado esta terça-feira, 4 de fevereiro, no Auditório Sede da EDP em Lisboa.

O Pacto Português para os Plásticos é coordenado pela Associação Smart Waste Portugal, com o apoio do Ministério do Ambiente e da Ação Climática; Ministério da Economia e Transição Digital; e Ministério do Mar, e é parte da Rede dos Pactos para os Plásticos da Fundação Ellen MacArthur.

Trata-se de uma plataforma colaborativa e de inovação, unida por uma visão comum, de uma economia circular para os plásticos em Portugal, onde estes nunca se converterão em resíduos. 

Este compromisso comum junta o Governo, os diferentes agentes da cadeia de valor dos plásticos, a Academia e ONGs, num total de 50 organizações, em torno de um conjunto de metas e objetivos ambiciosos para 2025:

  • Definir, até 2020, uma listagem de plásticos de uso único considerados problemáticos ou desnecessários e definir medidas para a sua eliminação;
  • Garantir que 100% das embalagens de plástico são reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis;
  • Garantir que 70%, ou mais, das embalagens plásticas são efetivamente recicladas, através do aumento da recolha e da reciclagem;
  • Incorporar, em média, 30% de plástico reciclado nas novas embalagens de plástico;
  • Promover atividades de sensibilização e educação aos consumidores (atuais e futuros) para a utilização circular dos plásticos.

Luís Realista, Administrador da AVE, realça a importância da colaboração para que uma economia circular para os plásticos se torne uma realidade e o contributo da AVE para esse processo. “Nenhuma das entidades signatárias poderia sozinha dar resposta a este tamanho desafio, mas em conjunto – os que produzem, os que transportam, os que distribuem, os que consomem, os que recolhem, os que valorizam e também os que legislam, os que estudam, os que investigam, os que fiscalizam – temos todas as condições

A AVE e a Nova Economia do Plástico

Enquanto prestadores de serviço de valorização energética e recuperação material com recurso ao coprocessamento, a AVE sempre esteve e reafirma a sua posição no final da cadeia de valor deste tão nobre e útil recurso, que ao longo do tempo foi evoluindo e foi banalizada a sua utilização ao ponto de ser considerada nefasta a dimensão do seu uso.

Estando ao serviço das entidades recicladoras de embalagem, nomeadamente das frações rejeitadas da atividade industrial da reciclagem a AVE afirma que será sobre essa fração o seu principal enfoque e que prescindirá da fração reciclável do plástico motivando os responsáveis na cadeia de valor para a sua mais nobre utilização enquanto matéria reciclável.

A Valorização Energeticamente e incorporação material na matriz do Clínquer é desde há mais de 13 anos um processo que levou a acumular mais de 100 mil toneladas de refugos e frações rejeitadas de partículas plásticas de embalagens de materiais compósitos (plástico misturado com tinta de alumínio), rótulos e outras frações que fazem parte da embalagem plástica.

O contributo AVE para o tema estende-se também à investigação, de métodos e processos, na ótica de recuperação das frações não recicláveis dos plásticos no final das atividades industriais de reciclagem, dos quais se destacam também: 

  • A AVE fará parte da solução que está prevista no plano de ação que a Agência Portuguesa do Ambiente vai apresentar até 30/06/2020, de forma a garantir a separação e eliminação da fração plástica obtida na atividade do desmantelamento de Veículos em Fim de Vida e Equipamentos Elétricos e Eletrónicos. A separação obrigatória de plásticos com POP’s e o seu encaminhamento para eliminação térmica atendendo á sua composição química nociva, nomeadamente pelo risco de exposição direta ao contacto oral do ser humano, quando reincorporado na produção de novos produtos.
  • Estes plásticos são diferenciáveis pela sua composição química tendo sido proibida a sua utilização a partir do ano 2008.
  • O desafio Europeu de afastar da cadeia da reciclagem estes materiais leva a um continuo trabalho de rastreabilidade no ato de separação e triagem durante o processo de desmantelamento e posterior eliminação térmica. Assim é desejável no futuro próximo a colaboração da AVE com os diferentes atores da atividade de desmantelamento deste fluxo de resíduos particularmente com as suas entidades gestoras, de Portugal e de outros países da Europa, o qual já se verifica.
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